Fonte: G1 Tecnologia e Games
Nos últimos anos, o uso de videogames em tratamentos médicos ganhou destaque, principalmente por causa dos novos tipos de controle, que exigem movimentação do corpo inteiro e incentivam a atividade física. No entanto, o controle tradicional, o joystick movido apenas com as mãos, também é usado em jogos de grande utilidade para a medicina.
Um artigo publicado nesta quarta-feira (19) pela revista especializada “Science Translational Medicine” lista uma série de jogos que têm resultados comprovados em tratamentos.
Um dos jogos citados pela equipe de Carol Bruggers, da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, é “Packy and Marlon”. O jogador controla dois elefantes diabéticos, e controlar a taxa de açúcar no sangue – com a alimentação e a injeção de insulina nos momentos certos – faz parte das atividades. As crianças com diabetes tipo 1, que precisam fazer esse controle, passaram a entender melhor a própria doença depois do jogo, e registraram menos visitas de urgência ao médico relacionadas ao problema.
Resultados parecidos foram obtidos pelos jogos “Bronkie, the Brachiosaurus” e “Air Academy: the Quest for Airtopia”, voltados para crianças com asma, e “Re-Mission”, para pacientes com câncer. Já o game “Squire Quest”, feito para incentivar a alimentação saudável, aumentou o consumo de frutas e legumes entre os jogadores.
Entre os jogos “de exercício”, o artigo destaca o console Wii, da Nintendo. Seus games auxiliaram na recuperação da função motora depois de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e melhoraram também o equilíbrio de pacientes com Parkinson.
Os autores destacam que, além de fornecer informações e ajudar nos exercícios, os videogames reduzem o estresse de pacientes que convivem com o medo da morte, dores fortes e constantes visitas ao médico.