O diretor-executivo do Twitter, Evan Williams, chega para participar da 27ª conferência de mídia e tecnologia de Sun Valley, nos EUA, nesta quinta (9). (Foto: Rick Wilking/Reuters)
fonte: Associated Press/ G1
fonSite foi tema de painel de evento anual de mídia e tecnologia nos EUA.
Executivos estão reunidos para discutir futuro das comunicações.
Atual fenômeno da internet, o serviço de microblog Twitter ainda gera desconfiança entre os principais executivos de mídia. Reunidos desde quarta-feira (8) na 27ª conferência anual de mídia e tecnologia de Sun Valley, nos EUA, os chefões do setor de comunicação tentam descobrir como ganhar dinheiro com o serviço de mensagens on-line.
Dois participantes do painel dedicado exclusivamente ao Twitter, realizado nesta quinta-feira (9), o veterano executivo Barry Diller e o magnata da TV a cabo John Malone reiteraram seu ceticismo sobre o potencial lucrativo do serviço de microblog.
“Acho que é um grande serviço. Só não acho que é um meio de propaganda natural”, disse Diller, que lidera o conglomerado de negócios on-line InterActiveCorp.
Malone, presidente da Liberty Media Corp, também acredita Twitter será bastante pressionado para vender publicidade no seu serviço de mensagens, sem prejudicar os usuários. E a melhor aposta do Twitter, segundo Malone, provavelmente é simplesmente fazer com que as pessoas fiquem tão viciadas no serviço que aceitem a pagar por ele.
É uma ideia que o YouTube, o serviço líder de vídeo na internet, talvez queira tentar. Malone disse que o bilionário investidor Warren Buffett confidenciou que ele gosta tanto de acessar o YouTube que estaria disposto a pagar US$ 5 por uma assinatura mensal do serviço.
Mas embora o YouTube esteja mais popular do que nunca, ainda não está ganhando dinheiro quase três anos depois de ter sido comprado pelo Google por US$ 1,76 bilhão.
Conversas
Os co-fundadores do Twitter, Evan Williams e Biz Stone, ainda não revelaram o seu modelo comercial, mas têm indicado que publicidade não está no alto de sua lista de prioridades. Por sua vez, a dupla tem sugerido que poderia cobrar taxas de empresas interessadas em mineração de dados sobre as preferências dos consumidores usuários do Twitter.
“É sempre bom ter atenção. Eu não sei se tem sido dada tanta atenção assim ao Twitter. Eu não tenho notado isso. Estou aqui apenas para aprender e encontrar amigos”, disse Williams, nesta quinta, que afirmou estar na conferência para discutir possíveis acordos com outros participantes do evento, mas não quis dizer quem.
Entre os participantes da 27ª conferência anual de mídia e tecnologia de Sun Valley estão Bill Gates (Microsoft), Eric Schmidt (Google), Robert Iger (Disney), Mark Zuckerberg (Facebook) e Rupert Murdoch (News Corp) – que disse na quarta que não está interessado em comprar o Twitter.